Nascemos para estudar e aprender. Não somos um a pedra que fica
estática. Estudar não significa apenas ir à escola. A vida é um estudo. Devemos
observar as lições que nos podem ser ensinadas fora da sala de aula. Estudamos
para crescer.
São duas, as abordagem para compreender a natureza:
- Estudo da matéria – leva a conceitos de elementos fundamentais, unidades básicas; à medição e quantificação.
- Estudo da forma – remete a conceitos de ordem, organização e relação. Em vez de quantidade remete a qualidade, em vez de medição, envolve mapeamento.
O estudo da matéria é o estudo das grandezas que podem ser medidas, já o estudo da forma é o estudo de relações que podem ser mapeadas. Por estar intelectualmente fundamentada no pensamento sistêmico, a alfabetização ecológica é muito mais do que Educação Ambiental. Ela é intrínseca a corpo e mente, com profundas interações. Esse processo de aprendizagem é fundamentalmente social. Parte de nossa identidade esta ligada aos laços que estabelecemos na sociedade, e nossa aprendizagem depende das comunidades quais pertencemos.
Ciência e poesia pertencem à mesma busca imaginativa humana, embora ligadas a domínios diferentes de conhecimento e valor. A visão poética cresce da intuição criativa, da experiência humana singular e do conhecimento do poeta. A Ciência gira em torno do fazer concreto, da construção de imagens comuns, da experiência compartilhada e da edificação do conhecimento coletivo sobre o mundo circundante. Tem como vínculo restritivo, ao contrário da poesia, o representar adequadamente o comportamento material; tem, mais profundamente que a leitura poética do mundo, a capacidade de permitir a previsão e a transformação direta do entorno material. As aproximações entre Ciência e poesia revelam-se, no entanto, muito ricas, se olhadas dentro de um mesmo sentimento do mundo.
A poesia e a arte, que parecem constituir necessidades urgentes de afirmação da experiência individual, uma visão complementar e indispensável da experiência humana, não podem ficar de fora das atividades interdisciplinares com os jovens nas escolas, mesmo aquelas ligadas ao aprendizado de Ciências. A interdisciplinaridade em sala de aula é um tema importante e que deve sempre ser explorado pelo professor
PASSOS PARA INTERPRETAR UMA
POESIA
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três vezes ou mais.
- Entenda o vocabulário.
- Não permita que suas ideias prevaleçam sobre as do autor.
- Leia com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas.
- Cuidado com as opiniões pessoais, elas não existem.
- Sinta, perceba a mensagem do autor.
- Descubra o assunto e procure pensar sobre ele.
- O autor defende ideias e você deve percebê-las.
POEMA
RIO JIRAU
Autor: Rogério de Alvarenga
Rio Jirau
foi valente
Este rio
capiau
Hoje escorre
tão pequeno
Prisioneiro
do canal
Rio Jirau já
teve força
Correnteza e
valentia
Hoje vive
tão pequeno
Só lembrado
em poesia
Na prainha
do Conselho
O Jirau
abria as asas
E cobria os
pedregulhos
Dando vau
pra quem chegar
Logo logo
apareciam
Lavadeiras
com bacias
Caminhões
empoeirados
Vinham para
se lavar
E no tempo
das enchentes
Quando vinha
chuva forte
Invadia
as residências
Isso foi a
sua morte.
Foi perdendo a
galhardia
O
seu leito derrubado
Hoje
vive tão pequeno
Suspirando
em agonia
O poema retrata a vivência do autor em relação ao rio. São reminiscências de um tempo de infância. Antes rio caudaloso, com suas águas límpidas e fortes, que fazia parte do dia-a-dia da comunidade local. Com o passar dos anos e o desenvolvimento urbanístico ele foi sendo degradado, poluído, canalizado, lixiviado pelas intempéries naturais e antrópicas. O ser humano agora incluso no processo de alterações ambientais colabora para alterações drásticas na natureza a medida que cada vez mais precisa de energia e outras fontes naturais para a manutenção do seu sistema ou para o seu benefício próprio. Com a força de trabalho, a primeira natureza é transformada em segunda. A interferência do homem na natureza é indispensável para a continuidade do funcionamento da sociedade, mas por outro lado é preciso lembrar que a natureza e seus recursos são esgotáveis e que ela necessita de respeito e cuidados especiais. Por vezes percebemos que o homem esquece que faz parte da natureza. Este pequeno riacho localiza-se no município de Santa Maria de Itabira/MG.
Referências
TRIGUEIRO, André(coordenção): MEIO AMBIENTE NO SÉCULO 21. 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. 5ª Ed. Editora autores associados.Campinas-SP- 2008.Ildeu de Castro Moreira Instituto de Física - UFRJ http://efisica.if.usp.br/apoio/artigosapoio/a07.pdf
http://www.cienciaepoesia.com.br/?page_id=57
http://www.mundointerpessoal.com/2010/06/como-interpretar-poemas.html
Professor, parabéns. Texto maravilhoso. Expressa a importância da poesia no cotidiano de nossas vidas. Poesia não é só arte abstrata, é ciência também.
ResponderExcluirQue comparação mais elucidativa.
ResponderExcluirNunca fui de gostar de poemas e poesias. Mas esta sobre o rio Jirau ficou diferente, real, após a análise.
QUE POEMA FOFO. Voltei a infância. Lembrei-me dos banhos de rio e as cantorias das lavadeiras, no interior de minha querida Minas Gerias. A caixa d'água deste Brasil. Excelente artigo e congratulações ao autor do poema.
ResponderExcluirEstava procurando algo diferente para minhas aulas de arte. Encontrei este excelente artigo, que por sinal vai ser trabalhado na integra. É difícil encontrar na "net" um texto tão claro, resumido e objetivo sobre o tema. ARTE TAMBÉM É CIÊNCIA.
ResponderExcluirFelicitações por seu trabalho, prof. Omar
ciencia é ciencia e pronto. poesia serve quando esta afim de pegar as mina. as mina pira no homem romântico......
ResponderExcluir.
Lindo poema..
ResponderExcluirBelo poema, retrata muito bem as mazelas da humanidade
ResponderExcluirMinha mãe era lavadeira no interior de minas, sempre ia junto pra brincar nas águas. Naquele tempo não existia computador, celular, vídeo game. A gente divertia de verdade. Este poema fez voltar no tempo.
ResponderExcluireste poema trouxe reminiscência dos tempos onde sentava a beira do riacho e ficava jogando pedrinhas e meu avô lavando a carroça e o cavalo.
ResponderExcluirMigo.. seu louco que poema lindíssimo...simples, verdadeiro. dorei o txt tb. Infelizmente os jovens de hj so querem ficar interagindo na internet e esqueça a blz das poesias.
ResponderExcluirRita sua louca !!!!! rsrsrsrsr.....vamos trabalhar este artigo em sala... Ensinar nossos alunos a interpretar textos, poesias e poemas. Viva o Parnasianismo...
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