A cobra-cigarra é um inseto cercado de lendas e mitos. Sua aparência curiosa e que inspira medo ainda é pouco conhecido. O popularmente chamado de jequitiranaboia provoca curiosidade e medo mesmo nos que apenas ouviram falar de sua suposta ‘picada mortal.
Após horas de caminhada pela Mata Atlântica, observei um inseto estranho e comecei a me aproximar. De repente, senti um puxão. “Cuidado! Essa é a cobra-cigarra! Ela mata com uma picada!”. O “mateiro” disse que o inseto tinha um veneno mortal capaz de ressecar árvores e matar animais e homens adultos. “A cobra-cigarra voa direto para o seu peito e injeta o ferrão no coração!”. Aquilo me deixou mais desconfiado do que assustado.
A cobra-cigarra, também conhecida como
jequitiranaboia ou machaca (em espanhol), é um inseto cercado de mitos e
lendas. Além da história contada, outra crença associada ao inseto (em alguns
países da América do Sul); acredita-se que se uma pessoa é “ferroada”, ela deve
ter relações sexuais em menos de 24 horas. Ou então morrerá. Alguns pensam que
a picada não é mortal, mas afrodisíaca. Na Colômbia existe a expressão “picado
por la machaca” empregada para aqueles com um grande apetite sexual. No Ceará
(Brasil), o nome do inseto é visto como um sinônimo de indivíduo terrível, e
dado àqueles que perderam sua boa reputação. A cobra-cigarra não é tão terrível assim. Ela se
alimenta de seiva, que coleta das árvores com um longo e afiado aparelho
bucal. Uma das características mais
marcantes desses insetos é o formato do apêndice cefálico, resultado do
crescimento de certas regiões da cabeça do inseto. Em alguns casos, esses
apêndices são adornados com falsas reproduções de olhos e narinas e podem
lembrar a cabeça de um réptil.
Existem espécies que apresentam manchas que se
assemelham a fossetas labiais, órgão para detecção de calor dos boídeos
(família da jiboias e sucuris). Outras apresentam um ponto negro entre os
falsos olhos e narinas, que remete a fosseta loreal, órgão dos crotalíneos
(grupo das jararacas, cascavéis e surucucus) com a mesma função da fosseta
labial.
As semelhança com cobras e a presença de um
aparelho bucal, que pode ser confundido com um ferrão capaz de inocular veneno,
podem ser a origem de tudo. Mas, talvez, essa crença tenha um fundo de verdade:
ao ser manipulada, a jequitiranaboia pode usar o aparelho bucal para se
defender. É possível que o inseto tenha se alimentado de plantas que produzam
substâncias tóxicas ou ele pode estar infectado por bactérias. Se alguém for
machucado nessas condições específicas, pode ser que comece a passar mal e até
morrer. Porém, até hoje, não há nenhum caso registrado de óbito de humanos
causado por cobra-cigarra no Brasil.
Por toda a Amazônia, quando um macaco subitamente
caía morto das copas das árvores, sem causa aparente, dizia-se que tinha sido picado
pelo inseto. Seu aparecimento inusitado em aglomerados humanos costuma ser
associado a chuvas torrenciais e à sua atração pela luz artificial (quase
sempre é visto pousado em postes da rede de luz elétrica, à noite).
Assim não há motivo para temer a jequitiranaboia.
Ela é tão perigosa quanto uma cigarra comum. Quanto ao antídoto receitado para
o suposto veneno do inseto… parece mais uma tentativa frustrada de um jovem que
queria levar alguém pra cama. (kkkk)
A jequitiranaboia (do tupi-guarani: iakirána = "cigarra" e mboia = "cobra"), é um inseto homóptero, como as cigarras, sendo conhecida também por cobra-voadora, jequiranaboia. Sua cabeça se assemelha à de um réptil (cobra ou jacaré), com falsos dentes. a cobra-de-asa ou cigarra-cobra é inofensiva ao homem , mede até 8 centímetros de comprimento,alimenta-se de vegetais e seiva de arvores
Referências Bibliográficas
http://revistas.unilasalle.edu.br/documentos/Rbca/V1_N1/03.pdf
http://www.lutzhoepner.de/uebersetzen/jequitiranaboia.pdf
National Geographic Brasil
este inseto poe respeito pelo jeito estranho dele ser.
ResponderExcluirCapturamos um desses aqui em casa...e o bicho mete medo mesmo...não só pela lenda...mas por sua aparência apavorante! Assustador! Devolvemos à natureza..pois melhor ele lá e nós cá!
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