Caracterizadas por suas copas em forma de cone, folhas pontiagudas e bastante escuras, as coníferas são consideradas espécies-chave para diferentes ecossistemas em todo o mundo e também na captura do carbono no planeta. TRÊS ESPÉCIES DE CONÍFERAS ESTÃO AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO NO BRASIL
Apesar de presentes no hemisfério norte e em regiões frias ou temperadas,
várias espécies apresentam crítico estado de conservação, conforme a Lista
Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em
inglês), divulgada em julho. As coníferas podem viver por cerca de cinco mil anos e
alcançar 110m de altura e as florestas de coníferas sequestram mais carbono do
que qualquer outro bioma (três vezes mais do que o volume sequestrado por
espécies das florestas temperadas e tropicais). Seu valor econômico também é
imenso, pois são usadas para produção de madeira, papel e celulose, além de
originarem a substância de onde se extrai o agente anticancerígeno Taxol. De acordo com o levantamento internacional, 34% dos cedros,
ciprestes, abetos e outras coníferas estão ameaçadas de extinção . No Brasil as
3 principais espécies em perigo são:
Araucaria
angustifolia
Conhecida como pinheiro brasileiro ou pinheiro do Paraná. Ela
ocorre principalmente em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, mas também
pode ser encontrada em São Paulo e Minas Gerais, além de algumas regiões no
Paraguai e na Argentina. Encontrada em regiões com altitude a partir de 500 metros, a
araucária pode atingir até 40 metros de altura. Ela é responsável por proteger
plantas menores, que precisam de áreas de sombra, e serve como base para a
alimentação de roedores e pássaros. No inverno, o pinhão (semente da araucária)
é a única fonte de alimento para várias espécies e de renda de muitas famílias.
Podocarpus sellowii
É uma pequena árvore, nativa das áreas de altitude da Mata
Atlântica, ocorrendo desde o Nordeste (Ceará) até o Rio Grande do Sul. As folhas são coriáceas, 8–15 cm de comprimento e 12–18 mm
de largura. As sementes tem 4–8 mm de diâmetro e, como ocorre na maior parte
das espécies de Podocarpus, possuem um pedúnculo carnoso, de cor avermelhada
nesta espécie.
Podocarpus transiens
Uma espécie de conífera da família
Podocarpaceae. Apenas pode ser encontrada no Brasil. As mudanças climáticas têm dificultado a sobrevivência das
coníferas pelo mundo. “Pragas e doenças estão se tornando cada vez mais uma
ameaça, especialmente em áreas que experimentam eventos climáticos extremos,
como secas prolongadas, ou em áreas onde as temperaturas médias estão subindo. No Brasil, a principal causa do desmatamento é
a conversão das áreas de floresta em pastagens ou sua utilização para a
agricultura ou plantio de florestas de pinus e eucaliptos para a indústria de papel
e celulose. Segundo a IUCN, a araucária já perdeu 97% do seu ambiente
original no Brasil. A cobertura destas árvores correspondia a cerca de 40% da
floresta ombrófila mista, que compõe o bioma da mata atlântica. A legislação ambiental brasileira proíbe o corte das
araucárias, o que, segundo especialistas, ironicamente acaba prejudicando o
desenvolvimento da espécie. Muitos produtores rurais cortam as araucárias
quando pequenas, porque acham que não poderão usar a área do entorno se existir
uma planta desta espécie. Na opinião do engenheiro florestal Alexandre Vibrans,
responsável pelo Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, políticas
públicas deveriam ser criadas para permitir a exploração sustentável e incentivar
o plantio de araucárias, com melhoramento genético e aumento da produtividade,
para que seu reflorestamento possa ser competitivo com os plantios das espécies
exóticas, como o pinus.
Fonte: ambientebrasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
CAROS LEITORES, SEJAM BEM VINDOS!