Pelo mesmo motivo que os carros param no sinal vermelho e nós giramos a cabeça de um lado para outro quando discordamos de algo: convenção.
Assim como poderia ser outra a cor de “pare” e
outro o gesto de “não”, durante muito tempo os mapas tiveram outra orientação.
Aliás, “orientação” vem do tempo
em que o oriente, ou seja, o leste, era o ponto cardeal mais importante da cartografia europeia. Na época das
Cruzadas (campanhas militares da Europa cristã pela Terra Santa entre os
séculos 11 e 13), Jerusalém costumava ocupar o alto do mapa, o que
colocava o leste mais ou menos no topo. Na Bíblia há indícios de que o sistema
era o mesmo: no livro do Gênese, capítulo 14, versículo 15, Abraão persegue um
pessoal “até Hobá, que fica à esquerda de Damasco” – e o lugar ficava ao norte.
Em contrapartida, os árabes colocavam o sul em cima e a Europa embaixo.
Um dos pioneiros do norte no topo
foi o astrônomo e geógrafo egípcio Ptolomeu (83-168). Mas o modelo só se tornou
hegemônico na era das Grandes Navegações, quando se passou a usar a Estrela do
Norte e bússolas (que apontam o norte magnético) para cruzar os oceanos. Com as
novas descobertas, o mundo foi alargado e o formato se consolidou.
Hoje em dia, a mapa-múndi é o mesmo no mundo todo, com pequenas variações. No Extremo Oriente, em vez de partirem o Pacífico no meio, como nós, eles dividem o Atlântico. E na Oceania, mais por provocação do que qualquer outra coisa, é fácil encontrar mapas “de cabeça para baixo”, com o sul no topo.
Hoje em dia, a mapa-múndi é o mesmo no mundo todo, com pequenas variações. No Extremo Oriente, em vez de partirem o Pacífico no meio, como nós, eles dividem o Atlântico. E na Oceania, mais por provocação do que qualquer outra coisa, é fácil encontrar mapas “de cabeça para baixo”, com o sul no topo.
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