sexta-feira, 2 de novembro de 2012

BICHO ESTRANHO - CAVALO MARINHO



A fêmea toma a iniciativa do namoro, o macho dá à luz os filhotes. Não têm boca, mas comem muito. Têm características de muitos animais, mas na verdade são apenas peixinhos.


CARACTERÍSTICAS
Para nós, o bicho é apenas o cavalo-marinho. Aliás, um ser muito mais estranho do que supunham os gregos, que lhe deram o nome de: hipocampo, que quer dizer cavalo (hippos) e lagarta (campe). Basta observar de perto esse animal para descobrir que ele reúne características de, pelo menos, mais três bichos além de cavalo e da lagarta. Seus olhos se deslocam independentes, nas órbitas, como os olhos dos camaleões. Também de camaleão é a principal característica de sua pele: muda de colorido conforme as circunstâncias. A cauda é preênsil, como a de um macaco; a barriga é de ... canguru! Isso mesmo, o cavalo-marinho incuba seus filhotes dentro de uma bolsa ventral, característica dos marsupiais (gambás, cangurus etc.).  Pois com toda essa fantasia o cavalo-marinho é, na verdade, um inofensivo peixinho. Talvez o único traço que denuncie a sua categoria de peixe seja a presença de duas minúsculas e quase transparentes nadadeiras dorsais. Assim, o cavalo-marinho tornou-se cientificamente um respeitável gasterosteiforme. Esse nome indica que o corpo do animal tem a forma de um estômago (alongado) e uma notável estrutura óssea.

ALIMENTAÇÃO
Sua alimentação, por sinal, gera outra inesperada questão. Aparentemente, o cavalo-marinho não tem boca, pois parece estar com os lábios soldados. Só depois de um minucioso exame é possível descobrir um pequeno orifício bem na ponta do "focinho". Ali é a boca, o ponto inicial de um longo e estreito canal, onde o alimento é aspirado em direção ao estômago. Seu "cardápio" pode ser variado, porém deve obedecer a uma rigorosa seleção de tamanho. Só passam para o tubo digestivo bichinhos minúsculos, tais como as quase invisíveis pulgas-da-praia (anfípodes) e microscópicos camarõezinhos. 

REPRODUÇÃO
A vida sexual do cavalo-marinho é o ponto mais alto de todas as suas esquisitices. Machos e fêmeas parece haver trocado de papéis. enérgica atitude da fêmea ao tomar a iniciativa de cortejar o macho.  Começando com um discreto roçar de cintura, ela logo se atira a carícias mais ousadas, enlaçando-o com a cauda.  lá pelas tantas, é a fêmea que introduz algo na região ventral do companheiro. O material injetado é uma gelatinosa massa de ovos. Durante quase dois meses vai crescendo uma respeitável barriguinha sobre o discutível garanhão.  Depois de cinqüenta dias de gestação, o macho dá à luz mais de trezentos minúsculos "potros-marinhos". A maior parte deles é devorada por pequenos peixes ou não encontra alimentação suficiente durante a primeira fase da vida. Com apenas 2 milímetros de comprimento, os potrinhos só podem se alimentar de seres microscópicos.

Fonte: revista superinteressante

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