O pedreiro-do-Espinhaço (Cinclodes
espinhacensis) foi visto pela primeira vez em 2006 por um grupo de professores
e estudantes de doutorado em ecologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Mas sua descrição foi publicada pela primeira vez no início do mês na edição do
jornal “Ibis”, da União Britânica de Ornitólogos.
De acordo com a equipe de biólogos,
inicialmente o pedreiro-do-Espinhaço foi confundido com outra espécie de ave
que vive no Sul do país. A partir de análises de DNA, foi constatada a
diferença genética, o que indicou que a ave encontrada era uma espécie nova.
Após os exames genéticos, procuramos
confrontar dados com informações de biólogos de várias partes do país, como a
vocalização (canto das aves), a coloração, tipo de plumagem e medidas do
corpo”, afirma a pesquisadora Lilian Mariana Costa, bióloga e doutoranda em
ecologia pela UFMG.
Segundo ela, o pássaro recebeu o nome de
“pedreiro” devido a uma característica incomum: diferente de outras aves, que
constroem ninhos em galhos de árvores ou dentro de troncos, a espécie “mineira”
encontra cavidades em rochas e ali deposita seus ovos.
Distribuição
A Serra do Cipó está localizada dentro da cadeia montanhosa denominada Serra do Espinhaço, que se estende pelos estados de Minas Gerais e Bahia. A região fica a 1.500 metros acima do nível do mar, proporcionando um clima fresco e ideal para que este pássaro viva. Porém, de acordo com Lilian, mesmo com a falta de dados sobre o número de exemplares existentes no país, é possível afirmar que esta espécie corre risco de desaparecer da natureza devido à pouca quantidade de aves existentes e às ameaças que rondam sua população.
A Serra do Cipó está localizada dentro da cadeia montanhosa denominada Serra do Espinhaço, que se estende pelos estados de Minas Gerais e Bahia. A região fica a 1.500 metros acima do nível do mar, proporcionando um clima fresco e ideal para que este pássaro viva. Porém, de acordo com Lilian, mesmo com a falta de dados sobre o número de exemplares existentes no país, é possível afirmar que esta espécie corre risco de desaparecer da natureza devido à pouca quantidade de aves existentes e às ameaças que rondam sua população.
Os biólogos estimam que existam “pedreiros”
em uma área de 500 km² -- o equivalente a um terço do tamanho do município de
São Paulo – índice que é
considerado baixo e preocupante. Além disso, próximo às áreas onde eles são
encontrados há queimadas constantemente, que ocorrem ilegalmente na maioria das
vezes, com o intuito de abrir espaço para a criação de gado ou para a produção
agrícola. Mesmo sendo protegida por lei, a Serra do Cipó tem áreas que não são
abrangidas e sofrem com este tipo de degradação.
“Pelo pouco número de localidades em que
essas aves foram encontradas, é possível determinar que o pedreiro-do-Espinhaço
está ameaçado de extinção. Essa medição foi feita a partir de regras da União
Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês)”, disse
Lilian. "Apesar disto, foi surpreendente encontrar uma espécie tão próxima
a Belo Horizonte", complementa.
A IUCN é responsável por elaborar a lista vermelha de animais em risco, a partir de informações sobre as espécies.
A IUCN é responsável por elaborar a lista vermelha de animais em risco, a partir de informações sobre as espécies.
fonte: g1.com
Sou de Pouso Alegre MG.Recebo a visita do "Pedreiro" às vezes em 3 ou 4 aves todos os dias no me comedouro. São aves lindas e bem selvagens. São territorialistas mas já se acostumaram com a minha presença. Se tiver interesse em fotos me contate. Parabéns pelo trabalho. Abs
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