domingo, 31 de julho de 2011

MUNDO ESTRANHO - CHUVA DE ANIMAIS

A chuva de animais é um fenômeno lendário relativamente raro, que sucedeu em algumas cidades ao longo da história. Os animais que costumavam cair do céu eram peixes e sapos, e por vezes pássaros. Em certas ocasiões os animais sobreviviam à queda, principalmente os peixes.




Em muitos casos, no entanto, os animais morriam congelados e caiam completamente encerrados em blocos de gelo. Isto demonstra que foram transportados a grandes altitudes, onde as temperaturas são negativas. A violência deste fenômeno é palpável quando caem apenas pedaços de carne, e não animais inteiros. Chuvas de animais são um assunto recorrente na literatura e cinema. Por exemplo, uma famosa sequência com uma "chuva de sapos" é apresentada no final do filme Magnolia, de Paul Thomas Anderson.


Textos e lendas anteriores à Idade Média

Na literatura antiga abundam os testemunhos de chuva de animais, ou de chuvas de diversos objetos, alguns deles orgânicos.
Poder-se-ia remontar ao Antigo Egito se se der crédito ao papiro egípcio de Alberto Tulli (cuja própria existência é controversa e do qual se diz que registraria fenômenos estranhos, como o surgimento daquilo que a literatura sobre fenômenos paranormais interpreta como um OVNI. De modo particular, registra-se também a queda de peixes e pássaros do céu.
Na Bíblia narra-se como Josué e o seu exército foram auxiliados por uma chuva de pedras que cai sobre o exército amorita. A Bíblia evoca outras intervenções celestiais deste tipo, como o surgimento de rãs, numa das dez pragas do Egito (Êxodo 8:5,6). No século IV a.C., o autor grego Ateneu menciona uma chuva de peixes que durou três dias na região de Queronea, no Peloponeso.
No século I, o escritor e naturalista Plínio, o Velho descreveu a chuva de pedaços de carne, sangue e outras partes animais como rã.
Finalmente, na Idade Média, a frequência do fenômeno em certas regiões levou as pessoas a crer que os peixes nasciam já adultos nos céus, e de seguida caíam no mar.

Testemunhos na época moderna
  • Em 1578, grandes ratos amarelos caíram sobre a cidade norueguesa de Bergen.
  • Uma chuva de sapos fustigou a aldeia inglesa de Acle, em Norfolk.
  • Numa cidade do Essex, Inglaterra, aconteceu uma chuva de peixes como salmões, arenques e pescadas.
  • Em 11 de Julho de 1836, uma nuvem trovejou sobre o caminho a tormenta veio com uma chuva de sapos. Toulouse França.
  • Em16 de Fevereiro de 1861, a cidade de Singapura sofreu um sismo, seguido de três dias de abundantes chuvas. Após o final das chuvas, nos charcos havia milhares de peixes.
  • Em 15 de Janeiro de 1877 segundo a revista Scientific American registra um aguaceiro de serpentes que chegavam às 18 polegadas de comprimento (cerca de 45 cm) emMemphis, Nos Estados Unidos.
  • Em Junho de 1880 abateu-se uma chuva de codornas sobre Valência.
  • Em 7 de Setembro de 1953, milhares de rãs caíram do céu sobre Leicester, em Massachusetts, Estados Unidos.
  • Em Birmingham ocorreu uma chuva de sapos em 1954.
  • Em 1968, os diários brasileiros registraram uma chuva de carne e sangue, numa área relativamente grande.
  • Janeiro de 1969 Canários mortos caíram na cidade de St. Mary's City em Maryland, Estados Unidos.
  • Em 1978, choveram caranguejos na Nova Gales do Sul, na Austrália.
  • Em 2002, choveram peixes numa aldeia nas montanhas do interior da Grécia.
  • Em 2007, choveram pequenas rãs em El Rebolledo (província de Alicante, Espanha).
  • Em 2010, choveram pequenos peixes brancos, muitos deles ainda vivos, em Lajamanu, localidade de 669 habitantes, no norte da Austrália.
  • Na noite de passagem de ano de 2010 para 2011, mais de três mil aves da espécie tordo-sargento caíram mortas em Beebe, no Arkansa
Explicação científica
O físico francês André-Marie Ampère considerou que os testemunhos de chuva de animais eram verdadeiros. Em certas épocas os sapos e as rãs vagabundeiam pelos campos em grande número, e que a ação dos ventos violentos pode capturá-los e dispersá-los a grandes distâncias.
Mais recentemente, surgiu uma explicação científica do fenômeno, que envolve trombas marinhas. Os ventos que se acumulam são capazes de capturar objetos e animais, graças a uma combinação de depressão na tromba, e da força exercida pelos ventos dirigidos no seu sentido.
Em consequência, estas trombas, ou mesmo tornados, poderão transportar animais a alturas relativamente grandes, percorrendo grandes distâncias. Os ventos são capazes de recolher animais presentes numa área relativamente extensa, e deixam-nos cair, em massa e de maneira concentrada, sobre pontos localizados. Mais especificamente, alguns tornados e trombas poderiam secar completamente um pequeno lago, para deixar cair mais longe a água e a fauna contida nesta, na forma de chuva de animais.Esta hipótese aparece reafirmada pela natureza dos animais destas chuvas: pequenos e leves, geralmente surgidos do meio aquático, como batráquios e peixes.Também é significativo o fato de que, com frequência, a chuva de animais seja precedida por uma tempestade.




fonte:
http://g1.globo.com / http://pt.wikipedia.org/
http://bocaberta.org

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